Conversando Na Cozinha

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Gatronomia Lusitana

Portugal, País com um passado de explorador de terras distantes e de culturas diferentes da sua, esconde uma mina de sabores que seria impossível fazer caber dentro dos seus acanhados limites nacionais.
A Gastronomia Lusitana, na realidade, exala aromas importados de regiões longínquas, como o gengibre da Asia, a pimenta piri-piri das Colônias Francesas, ou o feijão do Brasil, mas também incorpora a herança dos mouros, que por longo tempo ocuparam o sul de Portugal - por exemplo, no uso das amêndoas, e de técnicas de cozimento como a da Cataplana (caçarola típica com duas metades simétricas que, uma vez fechadas, constituem algo como um precursor da panela de pressão. Cataplana também é um prato típico de pescados, que leva este nome, da panela, na qual é preparado.
Também os romanos contribuíram para criar essa que é uma das culinárias mais fascinantes da Europa,quando, no Séc.II a.C, juntamente com a abertura das novas estradas necessárias ao comércio, introduziram na Península Ibérica o uso de ingredientes fundamentais, como o trigo, a cebola, o alho, e as azeitonas. Destas últimas, a sabedoria portuguesa extraiu o azeite de oliva, uma das bases da cozinha nacional e um orgulho em nível nacional. Além dessas influencias, não se pode subestimar outra comunidade que esteve ao lado dos portugueses em seus progressos culinários: a dos judeus sefardistas, que transmitiram aos habitantes de Portugal os segredos do sacrifício de animais por dessangramento e do tratamento das carnes, além do uso do pão ázimo.
Em síntese, pode-se dizer que cada civilização com a qual Portugal teve contato, deixou uma marca tangível na sua cozinha e que, ao contrário da que ocorreu com outras culinárias do mundo, a lusitana conservou as próprias receitas quase sem alterações ao longo dos séculos.

(trecho tirado do livro de receitas portuguesas * Cozinhas pelo Mundo*)






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