Considerada o celeiro do mundo, tamanhas sua riqueza e variedade de recursos naturais, a r para que se egião amazônica não só ostenta a maior floresta tropical úmida, como abriga a mais extensa bacia hidrográfica do planeta. Só de peixes vivem mais de 2 mil espécies, quase cem delas de uso culinário. Como se vê, as riquezas gastronômicas são proporcionais a essa imensidão natural, com influência marcadamente indígena.
Um dos peixes mais representativos do norte é o pirarucu. Seco ou fresco, é usado em inúmeras receitas, como caldeiradas e pirarucu de casaca ( o peixe salgado e desfiado, refogado no azeite com temperos e cozido no leite de côco , com batatas)
É difícil encontrar em outros lugares, Mercados tão fascinantes quanto os da Amazônia. Às margens da baía do Guarajá, o VER-O-PESO, em Belém, é um verdadeiro reduto da cozinha típica.
A presença da mandioca e seus subprodutos, mostra como ela reina absoluta. A mais utilizada é a mandioca brava, que precisa passar por um processo para a retirada do seu veneno. Com ela se fazem as quase incontáveis farinhas: amarela (para farofa), farinha dàgua ou de tapioca para colocar no açaí. E outras como uraní, mais granulada; suruí fina e clara, e a de puba que é fermentada. Dessa raíz (puba) se extrai o tucupi, caldo amarelo vivo que se vê pendurado engarrafado por todo lado. Ele precisa ser fervido por vários dias para que se retire a alta concentração do veneno ácido ciamídrico ( HCN). De carater fresco e aromático, esse molho serve para temperar inúmeros pratos amazônicos. Entra, por exemplo, no tacacá, um caldo consumido no final das tardes em barraquinhas espalhadas por Manaus e Belém, servido numa cuia, em que ainda vão: pimenta-de-cheiro, goma de mandioca, camarão seco e jambu ( erva que amortece a boca e confere um frescor incomparável).
( Guta Chaves e Cinthia Anhesini)
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